tag:blogger.com,1999:blog-113646372024-03-13T18:44:20.499-05:00Vira-LataPoderia até pensar
que foi tudo sonho...
ponho meu sapato novo
e vou passear.
sozinho como der.
eu vou até a beira.
besteira qualquer
nem choro mais.
só levo a saudade, morena
é tudo que vale a pena.lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.comBlogger228125tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-44485697076316006102014-03-09T16:55:00.001-05:002014-03-09T16:57:09.717-05:00que não poderia durarMeus olhos mais vermelhos que o normal denunciam. Chega aquela hora, no meio da festa, que tudo parece nonsense e as pessoas gritam, cantam, cansam, apodrecem. escrever se tornou difícil. O céu está cinza desde que eu cheguei. Poderia sapatear, mas é só tristeza, é meio difícil sorrir nesses tempos. o amor, a que será que se destina, já não sabemos que rumo tomar. Ficar? partir? amar? desiludir? Tudo parece confuso e complexo e são tantos compromissos, tanto tempo tomado, já não dá para pensar sobre aquilo que mais importa. Tomo uma dose de cachaça, minha garganta arde, eu poderia ir embora dessa festa agora, mas prefiro sofrer mais um pouco. A cada dia que passa parecemos mais deprimidos. Mas é isso né? Crescer é aquela coisa indigesta que faz a gente casar, reproduzir e morrer, quem sabe ser feliz. ou não.lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-42254081139132342732010-08-02T13:51:00.004-04:002010-08-02T14:06:01.406-04:00<div><b>sobre amor</b></div><div><br /></div>"Existimos, a que será que se destina?" perguntava ela, ainda com o olhar preguiçoso amassado no travesseiro, e ele só sabia dizer que lhe amava. Enquanto passeava com os dedos pelos cabelos do peito, pensava que devia mesmo aquilo ser amor. Uma vontade de permanecer junto. Pertenciam suas vidas muito mais a esfera dos acontecimentos crus e ao entretenimento vazio, já não conheciam aquela ciranda de floreios recém-encontrados. Enquanto caía a tarde, entrava pela janela uma luz difusa e gostosa. Se encontravam em fotografias, nos cantos da casa, em copos de cerveja, quando, num desses momentos decisivos da vida, de boca seca e coração disparado, perceberam que já, certamente, pertenciam um ao outro e que nada restava senão ousarem viver aquele amor fresco como aquela mesma manhã de sábado em que tudo começou.<div><br /></div><div><br /></div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-3622129076431272002010-07-09T01:04:00.002-04:002010-07-09T01:09:04.815-04:00<b>closer</b><div><br /></div><div>ela, que era de porcelana, sonhava com o dia em que poderia finalmente dizer aquela frase mais legal daquele filme mais legal dos últimos tempos.<div><br /></div><div>'don't love you anymore... goodbye'.</div><div><br /></div><div>porque todo mundo vinha com essa frase pra cima dela, e ela sempre acreditava que poderia esquecer um amor tão podre que já estava a ponto de cair do pé. </div><div>Um dia, reviu o filme, e achou que cabia muito mais no contexto uma outra sentença que a sentenciaria a sonhar por mais alguns minutos.</div><div>'it's only over when it's over', acreditou de novo em ilusões e rabiscou um sorriso na cerâmica da cara já gasta com o tempo.</div></div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-58226093263685553802010-07-01T00:09:00.012-04:002010-07-01T00:49:44.571-04:00<b>ladeiras</b><div><br /></div><div>Tinha uma hora que sempre chegava, mas em que ela não acreditou. não dessa vez, porque era diferente, até a música caía diferente, como se fossem os acordes delicados pingos de chuva no chão daquela ladeira, aquela já tão longe, mas onde havia esquecido seu coração. ela fechava os olhos pra tentar esquecer, para que demorasse a chegar, para que a dor pudesse ser adiada.<div>mas a hora chegou no travesseiro de outro amor, ouvindo o coração bater forte.</div><div>percebeu como doía que aquele corpo nu já não fosse mais o mesmo de outrora. não queria mais o amor ou suas histórias, aquilo bem era coisa que já não mais lhe convinha.</div><div>mentira.</div><div><br /></div><div>ainda amava loucamente um amor que nunca lhe dera nada em troca, a não ser a promessa de amá-la de volta e, mesmo sem entregar-se, a fez apaixonar-se tão loucamente a ponto de esquecer-se diariamente de toda a desilusão que esse mesmo insistente amor já causara. mas, ao acreditar que essa história infeliz longe estava de terminar, decidiu que a partir dali não lhe restava outra saída senão chorar o silêncio e se esconder debaixo do edredon em dias nublados.</div><div>---------</div><div><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#CCCCCC;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';"><br /></span></span></span></div><div><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#CCCCCC;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">Lay your head where my heart used to be<br />Hold the earth above me<br />Lay down in the green grass<br />Remember when you loved me -</span></span></span></i><span class="Apple-style-span" style="font-size:small;"><span class="Apple-style-span" style="color:#CCCCCC;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'trebuchet ms';">- cibelle, green grass.</span></span></span></div></div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-12133744268860482512010-06-27T23:49:00.003-04:002010-07-01T00:38:14.654-04:00<strong>sábado</strong><div><b><br /></b>Era uma daquelas histórias de amor que já começaram dando errado, mas ele não me deixava ir embora. Me segurava na cama, dizia, 'só mais cinco minutos', e eu, como boa preguiçosa, deixava me envolver por aquele calor nas costas, beijos na nuca e a bagunça dos lençóis. E me amava baixinho, mesmo sabendo que eu era uma daquelas histórias que davam errado - e ainda hoje me pergunto como foi que deu certo. Sobre o não-amor, o que me explicaram é que, quando nos sábados de manhã, céu cinza, calor lá fora e a preguiça na cama, uma conversinha no pé do ouvido nos faz sem querer se apaixonar. Sem querer o querer, mas já o querendo, foi assim que eu quis aquele querer infindo e preguiçoso das manhãs de sábado.<br /><br />----------------</div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-3270304439895308922010-06-21T11:09:00.003-04:002010-06-21T11:20:06.537-04:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY2-TCMMJw_17QppRB8YNEykchYffjQwdec0w26_QwgoEkuYLDCEafw0znz6Bc3u0xaJiKl9HvFOmpaqzcUJUYCUhmBuQ4aJIX91naENEmo2Kz-XK2iJGngMbMqf3LOeR7gxIDIg/s1600/IMG_9620.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY2-TCMMJw_17QppRB8YNEykchYffjQwdec0w26_QwgoEkuYLDCEafw0znz6Bc3u0xaJiKl9HvFOmpaqzcUJUYCUhmBuQ4aJIX91naENEmo2Kz-XK2iJGngMbMqf3LOeR7gxIDIg/s320/IMG_9620.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5485246127109638434" /></a><br />com pressa, sem medo: a verdade falada no silêncio de duas bocas.lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-90249439767885900642010-06-08T23:13:00.004-04:002010-06-09T00:20:37.733-04:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlS-tAWtU2IJVp4HVXHjnFcNasukloNCVpWt0Y2Wusw_i-Hky4PHwOaV6xtZYYCw773YgLvb5RfPQbt6zzIXj3pDhtZtGLBFBO6oBrXUTh7MK94Agm6o4AM0hHd_RmCK25_5OCHQ/s1600/IMG_9877.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlS-tAWtU2IJVp4HVXHjnFcNasukloNCVpWt0Y2Wusw_i-Hky4PHwOaV6xtZYYCw773YgLvb5RfPQbt6zzIXj3pDhtZtGLBFBO6oBrXUTh7MK94Agm6o4AM0hHd_RmCK25_5OCHQ/s320/IMG_9877.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480611154538072226" /></a><b><i>arrête là, menina<br /></i></b><div><br /></div><div>Ando nua pela casa porque tenho preguiça de me vestir. Tenho preguiça de definir meu humor, decidir minhas indefinições, escolher com que música dançar. Prefeiro pegar o carro e correr até teus lábios. quando éramos, andávamos pelados pela casa, exibindo curvas duvidosas, pele sobrando e um pouco de sensualidade. ainda nos amávamos, e era tão bonito porque aquelas bundas passeavam por todos os metros quadrados sem vergonha e isso significava tanto pra nós como tomar um café e jogar conversa fora na mesa da cozinha. naquele outro dia, quando voltei lá, fazia frio e você me cobriu. não andamos mais nus por aí porque já não nos sentimos mais bem. aliás, não nos sentimos, eu não me sinto, nem sei mais o que sou e não sei escolher roupas ou sapatos ou a maneira de me comportar diante do nosso fim. <i>eu prometo por toda minha vida ser somente tua, </i>eu cantei, você no piano, o encontro de duas peles nuas quentes. era mentira. mentira porque eu nunca soube que nunca teria a oportunidade de entender porque não somos mais dois, e agora só corpos cobertos trabalhando, andando pelas ruas lotadas, amanhecendo nas xícaras de café, correndo para pegar ônibus. eu não gosto dessa realidade, da vida cotidiana, do barulho dos carros. eu gosto de imaginar domingos sentados na chão da sala, despidos em cima do tapete, ouvindo aquela música suave e baixinha, pode ser dave brubeck, pode ser cibelle, você escolhe, chove e entra pela janela uma luz úmida e difusa como nosso amor. imagino também leves toques no piano, eu canto, você me ama, e vivemos os dois simbioticamente sem roupas e sem os pesadelos da rotina. <div>mas anda muito difícil sentir. esboçar qualquer sentimento, sentir, sabe, aquela coisa que aperta o coração e depois você sente quente dentro. não sinto mais, cortei meus cabelos, minhas unhas e fui embora já sem o coração: deixei nu, sobre o piano, dentro de uma xícara de café, todo pra você, mas agora quero de volta - me mande no primeiro ônibus que puder, ok? e venha junto. sem os compromissos da rotina, sem indefinições, sem tristezas guardadas e - principalmente -sem roupas.</div></div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-38495267722060768062010-05-24T22:27:00.007-04:002010-05-25T00:19:59.708-04:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheS8kc_NRC_y0yX_EzjbdC9Sm-vy4SqG37wCjw-0sZbq6NpWObYWuSuZNgWnR_kfy7GLDHK73-qUAAnx0FZofDeUSvptR5QFF3bFv5hjiZTQ-tWl0TZmCuruc9z1rC2df57goUDw/s1600/IMG_3087.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheS8kc_NRC_y0yX_EzjbdC9Sm-vy4SqG37wCjw-0sZbq6NpWObYWuSuZNgWnR_kfy7GLDHK73-qUAAnx0FZofDeUSvptR5QFF3bFv5hjiZTQ-tWl0TZmCuruc9z1rC2df57goUDw/s320/IMG_3087.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475032608897437938" /></a><br /><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>17.04<div><b><br /></b></div><div><b>"As pessoas são uns lindos problemas" (sérgio sampaio)</b></div><div><br /></div><div>Voltou a chover na nossa pacata ilha. </div><div>Numa dessas tardes meio frias, foi até a prateleira de discos e - coincidentemente - encontrou seu mais novo estado de espírito estampado na capa de um cd:</div><div><i>Hoje não!</i></div><div>Era mais fácil lembrar da saudade e esquecer-se dos lindos problemas, mas nesses dias difusos as coisas parecem bem mais complicadas...</div><div>Derramou uma xícara e café sobre suas promessas, sujou a mesa de vontades e correu para dar o play. Sentada no piso frio podia sentir chegar a solidão, que, hoje sim, viraria sua única companheira para as noites vazias.</div></div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-251469540214478042010-05-11T23:11:00.005-04:002010-05-11T23:35:38.639-04:00sobre saboneteirasdentro do quarto estava um pouco quente, mas lá fora chovia, chovia e chovia. Há uma semana, os dias eram molhados e o centro mais e mais sujo. Mas era uma manhã de sábado e ele disse que não acreditava em histórias de amor, sendo aquela uma das tais, que terminasse, e emendou um grito feio no fim da frase para fazer efeito. Funcionou, tanto que ela foi embora e deixou um buraco do peito dele. Mas não havia escolha; decidido, acabou.<div>O banheiro da casa era grande e mal iluminado. Gostava do banho quente, muito quente, "porque é mais gostoso", e ao buscar pelo sabão, encontrou aquela saboneteira branca e suja com aquele maldito sabonete de morango dentro.</div><div>A saboneteira era dela - e era ela, ali, desmoronando-o.</div><div>No estômago, sentia aquela sensação estranha, como se as borboletas todas resolvessem voar juntas pra bem longe dali. Fechou os olhos, sentiu a água cair e pensou: 'maldita cerveja'. Era só ressaca. </div><div>Guardou a saboneteira suja na gaveta e colocou um Lux na prateleira do box.</div><div><br /></div><div>-------------------------------</div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-86934454361593589522010-05-09T23:21:00.001-04:002010-05-09T23:29:36.566-04:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR2SdyH5-QXgvJsMTrGrtANX5CUfcLb3a5bA6cEDtU-GV8VrxakG-6nks_7eKCofU_35_IzWOw-A_TAnwnW4PZxEdkc32r2FcXHQCXpMDKgyosBVjklgg5_TP37KdtxHGNFHaFww/s1600/IMG_9829.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR2SdyH5-QXgvJsMTrGrtANX5CUfcLb3a5bA6cEDtU-GV8VrxakG-6nks_7eKCofU_35_IzWOw-A_TAnwnW4PZxEdkc32r2FcXHQCXpMDKgyosBVjklgg5_TP37KdtxHGNFHaFww/s320/IMG_9829.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5469478093158917506" /></a><br />bate uma saudade dessa vista.lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-5304404518981847882010-05-09T22:53:00.002-04:002010-05-09T23:00:13.531-04:00uma vez,lembra?<div><br /></div><div>você lembra? aquela pergunta que faço todos os dias, "queria que você entendesse a falta que me faz ouvir sua voz", ninguém nunca entende nada do que eu digo! </div><div>São dias corridos, amontoados um em cima do outro.</div><div>eu disfarço minha falta com olhares furtivos e amores vazios. disfarço minha rotina, escondo as horas vulgares. nem assim...</div><div><br /></div><div>lembra?</div><div>escrevíamos coisas loucas todo o tempo, você gostava de não brigar comigo e me ver chorar no fim de noite. gostava pelo exagero na repetição, não gostava? eu lembro que era sempre sábado a tarde, e nós tomávamos banho de cachoeira... lembra, agora não mais um dia tão longe, dois, três meses atrás, lembra?</div><div><br /></div><div>----------------------</div><div><i>vem no vento, vem no vento</i></div><div><i>pensa na beira do mar</i></div><div><i>me deixa chegar</i></div><div><i>que venham as flores, o cheiro de mar</i></div><div><i>(cibelle)</i></div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-30544246269218935672010-04-26T23:18:00.002-04:002010-04-26T23:29:04.960-04:00começa inverno,tinha 22 anos e acreditava que, realmente ali, naquele ponto da vida, o amor havia chegado pra ficar. sonhava com casamentos, vestidos de noiva e evitava viver seu romance ao fantasiar da vida de outras pessoas. é que ela gostava de pegar emprestado as pequenas gotinhas de sonhos derramadas por aí em livros, filmes e músicas e guardar só pra si. mas eu, olhando assim pra ela, naquela luz de fim de noite, achei que ela era triste e só. de repente, no meio de uma gargalhada gostosa, ela percebeu que havia finalmente chegado o fim, aquele triste e doído fim que também está nos livros, filmes e músicas. pintou o céu de cinza, desistiu do amor, do véu e da grinalda e "nunca mais conseguiu encontrar o amor", porque era fatalista e achava que, àquela altura, no auge dos seus quase 23 anos, a vida já tinha decidido os próprios caminhos. <div><br /></div><div>--------------</div><div><br /></div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-83674411135892431112010-03-09T23:31:00.002-04:002010-03-09T23:40:37.822-04:00em três pulsos do telefone, ouvia a cor do seu cabelo brilhar de longe.<br />"como vai? você nao vem?", ingênua.<br /><br />ele nao vinha.<br /><br />em meio a todas a<span class="chat_line">quelas fotos, maresia, estômago embrulhado e meia decisao tomada. </span><span class="chat_line">ela queria andar de patinetes, ouvir música alta no carro, batucar na mesa com cerveja pra acompanhar. </span><span class="chat_line">tomar chuva: </span><span class="chat_line">quanto tempo. </span><span class="chat_line">queria correr pelada por um campo cheios de girassóis da cor do sol, ou da cor do seu cabelo </span><span class="chat_line">que brilha... ou </span><span class="chat_line">quem sabe só dividir um capuccino nesta tarde fria. e poder viver sem despertador, sabe: </span><span class="chat_line">queria acordar sozinha depois de aaaanos sem férias. era férias, finalmente, e o maldito nao vinha.<br /></span>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-54663282120379273182010-03-07T20:22:00.002-04:002010-03-07T20:27:52.768-04:00nossa, como é difícil manter um blog!<div><br /></div><div>------------------------------</div><div><br /></div><div>quanto tempo mesmo passou? a gente passeia por aí, em meio ao sol e à chuva e nem lembra disso: que passa tanto tempo sem a gente mesmo passar. Passa assim, como passam preguiçosos e arrastados os domingos cheios de olheiras, como passamos por aqui e por lá, como chegamos e deixamos lares, lembranças e a felicidade que se encontra nas horinhas de descuido. e quando chega março, foram tantas fotos, tantas praias, tanta alegria incompreendida: passou. e acabou numa xícara de café em qualquer lugar impessoal, eu e o mundo e os devaneios sobre o futuro incerto que cai todos os dias sobre nossas cabeças. </div><div><br /></div><div>o amor, talvez, seja muito mais difícil que pareça e, quem sabe, também passe.</div>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-35774608920175637892009-10-27T22:52:00.002-04:002009-10-27T23:00:41.535-04:0024.11.08<br /><br />Um monte de palavras guardadas por medo de sair por aí. Sinta a inspiraçao... estamos na América Latina, uma a cada 13 minutos. Segundo o dicionário, teria eu a possibilidade de conseguir falar as coisas difíceis com as pessoas que mais gosto? Por que mesmo é tao difícil fazer aquilo que mais se deseja? Aquela atitude entrecortada dos mais vastos sentimentos, os extremos mais que nunca. Um texto como sempre non-sense, escrito em sobes-e-desces, a cortina voando sobre as almofadas, um você jogado sobre elas... só amor, lombeira, bons momentos, filmes em dinamarquês...lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-30530630675497305032009-08-29T19:44:00.002-04:002009-08-29T19:47:10.578-04:00eram olhos vermelhos, cansados, velhos, cheios de ressaca de outros tempos. Agora já não mais o são: são tristes e emburrados e dizem que já não faz sentido a vida. Não sei se entendo ou se me esquivo, e passo com pressa sem perceber o sentido da emoção já esmagado por aquela prisão, que é o velho tédio das rotinas...lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-70190885537665658232009-08-23T21:01:00.002-04:002009-08-23T21:09:31.031-04:00Uma vida cheia de sonhos e histórias fantásticas, era isso que eu queria. Um monte de pôres-de-sol, um a cada minuto. Um monte de gente que acredita; quando, na verdade, não vai tudo melhorar.<br />São muitas vida que se cruzam nos corredores do shopping. Poucas se encontram, poucos tentam se encontrar. A vida é feita de encontros - e desencontros? - se não há encontro, não há novela, diz a autora da trama.<br />quanto <span style="visibility: visible;" id="main"><span style="visibility: visible;" id="search">à</span></span>s compras, <span style="visibility: visible;" id="main"><span style="visibility: visible;" id="search">à</span></span>s vidas vazias, elas vivem como barcos a flutuar... um monte de baratas tontas que rodam no mesmo terreno por 4, 6, 8 horas, muitas horas, muita energia, muita vontade que se perde na rotina!lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-89646877509612855512009-05-21T00:33:00.002-04:002009-05-21T00:36:24.501-04:00<p><em>There are places I remember<br />All my life though some have changed<br />Some forever not for better<br />Some have gone and some remain<br />All these places have their moments<br />With lovers and friends I still can recall<br />Some are dead and some are living<br />In my life I've loved them all</em></p>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-13703068014303728252009-02-02T00:38:00.003-04:002009-02-02T00:43:05.569-04:00<strong><span style="font-weight: normal;">- promete de novo? pediu aquela voz baixinha e arranhada.</span><br /><span style="font-weight: normal;">Promete que me gosta, que me quer, que vem me ver? Que eu prometo, te conto, sinto a saudade o tempo todo, do seu cheiro, dos seus dedos, do seu sexo.</span><br /><span style="font-weight: normal;">E tu, que não andas mais por aí, por onde andarás nesta tarde vazia, tão clara e sem fim? Te perdes nos cigarros dos dedos de outras mulheres, nas pernas de outros sabores? Eu me perco, te encontro e te falto. Em que bar, em que cinema te esqueces de mim?</span><br /><span style="font-weight: normal;">- não prometo nada - respondeu - vai viver com a dúvida - e calou mais um domingo.</span><br /></strong>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-79091328879351797722008-11-23T15:59:00.000-04:002008-11-23T16:18:58.400-04:00Continua chovendo na cidade cinza. continua sem gosto respirar o ar, continua pastel as cores da foto.<br />--------------------------------<br /><br />Eu pensei que um ano se passaria rápido, sem sofrimentos, e agora me encontro aqui: nesta mesma casa de quatro anos atrás, mas já sem a alegria de começar uma nova fase da vida. Agora tudo parece estar acabando, eu pareço estar acabando.<br />E nós continuamos presos, cada um em sua casa, tudo alagado, sem tons, sem contrastes, sem contrastar-se com a paisagem, ou com o céu, que chove sem parar. Fome de um dia que não vem após o outro, da confusão da cidade que arde, ou que não arde nesse fim de domingo cansativo e pesado, debaixo de tanta água, de tanta sede, de tanto querer que se perde.<br /><br />-------------------------------------<br /><br />Um ano sem nada a dizer. Guardando as palavras mal digeridas dentro de mim, tudo por nada, tempo que passa e não volta, merda, merda, fiz tudo errado. Ou será que aconteceu errado, sem mim, mesmo sem eu querer?<br /><br />--------------------<br />Um beijo, um destino, tudo por uma possibilidade... valeu a pena? Percorro meu corpo tentando causar sensações proibidas... fica tão mais bonito na música. "Wondering stars... for whom it is reserved". Ninguém mais me vê, estou em todos os carros, não vejo saída, encerrada nesse quarto mal iluminado. E a chuva, que não acaba mais, tudo acabando. Um banho, uma cachaça, um filme: mais um fim de domingo.lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-25265114591530042082008-09-17T20:44:00.002-04:002008-09-17T20:49:43.859-04:00setembroeu gosto mesmo, assim, de espiar. olhar nos pequenos e curtos buracos de fechaduras, observar movimento, cores, sentimentos. claro, da minha cabeça sempre salta qualquer desenho perdido na rotina, crio histórias animadas que ninguém nunca vai ver, só existe no fluxo, num lapso de momento (acabou).<br />gosto das histórias diárias que chegam a mim na mesma correria que se esvaem, uma atropelando a outra, ainda que se deixando marcar - ou marca-me depressa? Cinco chuvas, céu cinza t<span>ão claro como seus olhos, como sua cidade, aí do outro lado do rio... rio agora de setembro, mais em breve só de outubro, talvez me guarde, me perca; só espero - n</span><span>ão agora - um dia comer caetano nas linhas tortas da sua calçada mais famosa: o mar!<br /></span>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-6936144363098518252008-06-11T22:58:00.002-05:002008-06-11T23:12:46.822-05:00<strong>Há seis meses atrás</strong><br />era tudo saudade, romance, dúvida. E agora o ato de chegar às sextas-feiras com pouco furor nos causa estranheza. Como manter esse ritmo de se perder e se encontrar em poucos minutos? Como já não nos basta essa cidade de cabeças vazias e poucos amigos, de pôres do sol rosas, rosas pelo chão, sacolas voando pelas ruas nos dias frios... agora se foram seis meses, seis mil apertos no coração, cinco mil e trezentos sorrisos - por vezes forçados - e agora morro por dentro a cada segundo, pelo que antes não era... ou era e eu não sabia? A verdade é que agora já não sei mais se sou eu que me perco no meu escasso tempo.... não sei se crio vazios intencionais para suprir a falta de vida do meu lugar. São incontáveis noites e noites... e nada, de novo. Agora seis meses depois... qunado for sete, serão flores de outro clima, talvez de poucas dores.lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-44256103610278348082007-12-27T15:59:00.000-05:002007-12-27T16:01:49.386-05:00<span style="font-style: italic;">e assim acabou 2008.<br /><br /></span>Depois de um ano basicamente de ter que ir sempre trabalhar, de voltas e reviravoltas nas situações, gostar de novo de velhos amigos e morrer de saudade dos novos, c'est finit.<br /><br /><span style="font-style: italic;">pra quem lê: feliz ano que vem.</span><br /><span style="font-style: italic;"></span>lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-8900055517402054052007-12-14T14:33:00.000-05:002007-12-14T14:42:29.126-05:00Cores da rotinaNesse dias de correr para chegar em tempo no trabalho, de cabeça virada após todos os trabalhos que quase chegaram ao fim, eu paro, às vezes quando o vento bate na cara, pra curtir as pequenas alegrias da rotina:<br />Cantar música alto na rua,<br />comer chuva<br />e tocar bateria imaginária só de brincadeira.<br /><br />:)lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-11364637.post-8662228092151964872007-11-11T01:55:00.000-05:002007-11-11T02:03:58.405-05:00É o fim, mas o fim, é demais também.Agora, agora mesmo já está amanhecendo, mais uma vez... Mais um domingo. <em>"Domingo é dia de ver o domingo passar...", </em>frase do ano.<br />Era domingo, no fim de tarde, enquanto nos amávamos loucamente no sofá vermelho. Tinha gosto de saudade, ao passo de que ele nunca mais voltaria - era o último suspiro daquele, ainda, ele. Usava só cuecas - às vezes nada - e se sentia a vontade ao meu lado: eu, idem. Às vezes vem uma ponta de nostalgia daquela tarde, só daquele domingo maldito, quando sua nuca exalava um cheiro que impregnou minhas roupas. Queimei tudo, em um longo e sonoro: "adeus".<br /><br />Ao som de "Odeio", do Caetano, para ressaltar o clichê.lu.http://www.blogger.com/profile/02137174011353747427noreply@blogger.com0