em três pulsos do telefone, ouvia a cor do seu cabelo brilhar de longe.
"como vai? você nao vem?", ingênua.
ele nao vinha.
em meio a todas aquelas fotos, maresia, estômago embrulhado e meia decisao tomada. ela queria andar de patinetes, ouvir música alta no carro, batucar na mesa com cerveja pra acompanhar. tomar chuva: quanto tempo. queria correr pelada por um campo cheios de girassóis da cor do sol, ou da cor do seu cabelo que brilha... ou quem sabe só dividir um capuccino nesta tarde fria. e poder viver sem despertador, sabe: queria acordar sozinha depois de aaaanos sem férias. era férias, finalmente, e o maldito nao vinha.
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