comentar sobre o que passa fica difícil, já que as lembranças estão de algum modo perdidas. o que se lembra é o que não deve ser esquecido. e eu lembro do som. não sempre, não de todo. lembro do bigode branco, do boné laranja, das batidas. de sorrisos. ver coisas, se emocionar com a arte de girar, girar, colocar cores no ar, dançar, ser bela. ver o sistema solar. dançar, dançar, claro, até morrer. achar que está claro demais. claro demais? óculos escuros na boate. com a luz negra, todos roxos, tudo bonito. me perdi de mim umas tantas vezes. quando me encontrei mesmo, já era sol das 8 da manhã, e nós sentamos, arregalei os olhos e só pude dizer:
"o que foi isso?"
tudo dentro de um centimetro quadrado de papel branco.
voltando de onibus as 9 da manhã, as velhinhas de guarapari me olhando torto. dormir pra quê, aventura ainda não acaba. meio dia, os olhos fecham sem vontade.
1 comment:
papel branco né safadinha
uhauahuaahu
bejo
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