Há seis meses atrás
era tudo saudade, romance, dúvida. E agora o ato de chegar às sextas-feiras com pouco furor nos causa estranheza. Como manter esse ritmo de se perder e se encontrar em poucos minutos? Como já não nos basta essa cidade de cabeças vazias e poucos amigos, de pôres do sol rosas, rosas pelo chão, sacolas voando pelas ruas nos dias frios... agora se foram seis meses, seis mil apertos no coração, cinco mil e trezentos sorrisos - por vezes forçados - e agora morro por dentro a cada segundo, pelo que antes não era... ou era e eu não sabia? A verdade é que agora já não sei mais se sou eu que me perco no meu escasso tempo.... não sei se crio vazios intencionais para suprir a falta de vida do meu lugar. São incontáveis noites e noites... e nada, de novo. Agora seis meses depois... qunado for sete, serão flores de outro clima, talvez de poucas dores.