- promete de novo? pediu aquela voz baixinha e arranhada.
Promete que me gosta, que me quer, que vem me ver? Que eu prometo, te conto, sinto a saudade o tempo todo, do seu cheiro, dos seus dedos, do seu sexo.
E tu, que não andas mais por aí, por onde andarás nesta tarde vazia, tão clara e sem fim? Te perdes nos cigarros dos dedos de outras mulheres, nas pernas de outros sabores? Eu me perco, te encontro e te falto. Em que bar, em que cinema te esqueces de mim?
- não prometo nada - respondeu - vai viver com a dúvida - e calou mais um domingo.