eu sei que essas duas últimas semana passaram em cinco segundos e que foram tantas as coisas que aconteceram. não vou dizer que eu passei mais de uma semana sem escrever aqui porque simplismente não tenho inspiração pra escrever. não vou pensar que a nossa chapa pro CA tá inscrita e agora aponta pra fé e rema.
enfim, não podia deixar passar em branco.
é complicadíssimo começar. não sei bem o que dizer... é só uma mistura de vários sentimentos de intensidade variante. foram tantas milhares de coincidências desde algum tempo atrás. e hoje sim, é o dia que faz dez anos que meu pai morreu e amanhã é o dia mundial da democratização da comunicação.
imaginei de várias formas como seria se ele ainda estivesse vivo. de como seria minha relação com ele, de como eu seria, do susto (ou orgulho) que ele tomaria quando eu falasse: "pai, vo fazer vestibular pra jornalismo", o quem sabe eu até estivesse fazendo outro curso. será que eu iria morar aqui, estudar nos mesmos lugares, passar na ufes... não sei. talvez minha vida fosse muito parecida com o que é hoje, talvez fosse completamente diferente.
é, esse post é bem desconexo só pra jogar uns pensamentos soltos, uns desabafos. essa semana pensei tanto nessa coisa de tempo. porque as duas últimas passaram rápido demais, e o semestre daqui a pouco tá acabando e é assustador pensar que de repente eu to no terceiro período. cara, eu acabei de entrar na ufes! e já tem dez anos que a gente vive sem o Seu Paulo aqui em casa. eu ainda lembro de várias coisas, dos domingos a noite, das praias, das manias, apesar de não prestar muita atenção nesses detalhes... afinal, eu era só criança. eu tinha só oito anos. e eu lembro de me pegar chorando na cozinha há uns dois anos atrás de saudades. e agora vem a mesma vontade, mas junto com uns outros tantos sentimentos.
e aí nós estamos fazendo o espetáculo-homenagem no fim do ano, e várias coincidências bizarras estão acontecendo, e de eu sentir - e eu não acredito muito nessas coisas - que ele quer que eu também esteja participando do projeto. do tipo a gente adaptar o conto "A Noite em que John Lennon morreu" pra teatro e marcar o espetáculo exatamente no dia em que ele foi assassinado. e isso foi sem querer, só percebemos depois.
pelo menos fica registrado aqui que, há dez anos atrás, morria um cara que tão cheio de idéias inacabadas poderia tanto contribuir com a cultura capixaba. com o jornalismo já não sei bem...
acho que o relato ficou muito superficial. mas é, não estou inspirada esses dias.
por fim, pra saber mais sobre a vida
leiam o Caderno Dois de hoje, que tem o mesmo título desse post.
3 comments:
po Luh nem sei o que dizer ao ler esse post. eu felizmente nunca perdi ninguém conhecido. ótimo que vc tenha lembranças boas, que no final é o que conta.
beijos
ei bonita.
palavras soltas assim de vez em quando são um desabafo e tanto, é algo muito importante de se fazer... até pra vc depois ler e reler e ficar divagando na frente do computador (claro que os devaneios se prolongam para os espaços seguintes). não conheço vc um tanto assim pra falar, talvez. mas não é preciso muito pra gostar de vc e ter orgulho da bela moça - por dentro e por fora - que vc vem se tornando ao longo dos minutos.
era isso então.
um beijo.
Renata
Ah! Vontade de te dar um abração agora, menina!
O tempo voa mesmo. Mas tem sentimentos para o qual o tempo não altera nada, eu acho.
Beijo!
Post a Comment