Pedágio e passagem de graça
Passageiro não pagou passagem e motorista não pagou pedágio. Ontem, no quarto dia de manifestações contra o aumento da tarifa do sistema Transcol, estudantes buscaram o apoio da população garantindo a viagem de graça nos ônibus durante o dia e o trânsito livre na Terceira Ponte por mais de quatro horas.
A estimativa da Rodosol é de que cerca de 13,6 mil deixaram de pagar pedágio. Pela manhã, por volta das 10 horas, estudantes se concentraram no Centro de Vivência da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Depois, decidiram se dividir em grupos de 15 e assim partiram para o ponto de ônibus. Cada grupo entrou num ônibus. Enquanto alguns manifestantes ficavam na frente da roleta, outros seguravam as portas de trás e do meio para que os passageiros entrassem e viajassem sem pagar.
Dentro dos veículos, os alunos explicavam os motivos da manifestação: redução da tarifa, que no valor integral era de R$ 1,80 e passou a R$ 1,90.A ocupação aconteceu em ônibus do Transcol e da Viação Grande Vitória, que circulam só na capital. “Nossa intenção é dar prejuízo para as empresas e não prejudicar a população. Por isso, não queremos causar transtornos”, disse um estudante, que se identificou como Antônio.
Em todos os pontos, os estudantes orientavam os passageiros a entrar pela porta de trás. Motoristas e cobradores não ofereceram resistência. “Da mesma forma que a gente saiu às ruas para lutar por melhores condições de trabalho, a população também tem direito de protestar contra o aumento”, disse um cobrador, que preferiu não ser identificado. “Desde que não façam bagunça, estão no direito deles”, acrescentou um motorista. O estudante Jakson Santana, que integra a comissão de segurança do movimento, afirmou que a intenção é divulgar as ações dos alunos para a população.“Estudante não é vândalo e essa briga não é apenas nossa, mas de toda a população. Ocorreram alguns descuidos, porque não podemos conter uma multidão tão grande, mas estamos nos organizando para que nosso movimento seja perfeito”, ressaltou.
À tarde, foi a vez dos estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet-ES) se organizar e, em passeata, foram da escola até a praça do pedágio da Terceira Ponte onde, às 16h29, conseguiram que todas as cabines de cobrança fossem liberadas.
Governo vai bancar prejuízo
O governo do Estado vai pagar à Rodosol o pedágio de todos os carros que passaram de graça pela Terceira Ponte, segundo a assessoria de imprensa do governo, já que a orientação da liberação foi do governador Paulo Hartung.A Rodosol estima que 13,6 mil veículos deixaram de pagar o pedágio. O prejuízo é de cerca de R$ 20,4 mil, segundo a assessoria da Rodosol.O movimento para ocupação da Terceira Ponte começou no Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet-ES), onde cerca de 600 estudantes se concentraram e saíram em passeata, por volta das 14 horas, passando pela avenida Beira-Mar. Ao grupo de secundaristas iriam se juntar os estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mas os alunos do Cefet chegaram antes e resolveram tomar sozinhos as cabines para liberar o pedágio aos motoristas que seguiam de Vila Velha para Vitória.
ALUNOS
Ainda assim, boa parte dos manifestantes aguardou os alunos da Ufes, que chegaram ao local às 19h25. Juntos, eles somaram mais de 4 mil pessoas, segundo estimativas de agentes de trânsito da Guarda Municipal.Como o movimento dos estudantes já era aguardado, o governador Paulo Hartung solicitou à Rodosol a liberação do pedágio, o que aconteceu, segundo a assessoria de imprensa da concessionária, às 16h29. O movimento só acabou às 21h10, quando o pedágio voltou a ser cobrado. (A Tribuna On Line)
"Galera, mais uma atitude do governador insana. O governo não tem dinheiro subsidiar o aumento da passagem de ônibus, mas para pagar o prejuízo do pedágio tem. E um detalhe, ele simplesmente falou que pagaria o prejuizo sem saber quanto que seria, não se preocupou com o tempo que ficariamos lá no pedágio. Como assim? O governador acha que somos idiotas mesmo? Ao meu ver, o Paulo Hartung está se saindo um belo defensor dos tubarões capixaba. Assim, não dá! Essa história está muito estranha. Quero uma CPI do Transcol. Vamos colocar em pratos limpos as contas do governo e do transporte público da GV.Bem, é isso."
Oséias Iapequino - 3ºperíodo
concordo em gênero, número e grau.
2 comments:
eu também. tanto que encaminhei esse email para muita gente. :p
bom..
eu tava conversando com meu pai e cheguei a uma conclusão: prestação de serviços para o governo ocorre através de licitações. alguém já se perguntou a quanto tempo q não ocorre uma licitação dentre empresas de onibus para ver quais poderão prestar serviços ao estado?? bom.. meu pai mora no ES há 23 anos e ele não se lembra disso ter acontecido.
fato pra lá de estranho, não? mais uma questão a se levantar, discutir e reclamar.
=**
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