Sunday, October 01, 2006

a hole in the roof

ela brincou de dizer naquela tarde ainda meio cinza que era então aquele o fim, que desde o começo já era inevitável. com a mesma música na cabeça que tanto cruzou sua vida naqueles momentos cruciais. chegou ao ponto de onibus e pegou sua maior lembrança, uma nota fiscal do seu primeiro café juntos, e rasgou como se rasgasse todos os sentimentos que chegaram até ali, já cinco meses depois. cinco minutos depois o onibus passou e tudo começou de novo.

Monday, September 25, 2006

Considerando que eu me divirto acreditando em horóscopo e astrologia e afins.
recebi de um e-mail. estudos relacionam a primeira letra do nome com a vida sexual.
a parte que me interessa:
"Você é sincera, apaixonada, luxuriosa e sonhadora."

ok, então.
we love Rio de Janeiro.

Tuesday, September 12, 2006

“É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração”

eu ria porque só queria rir. rir em silêncio, dentro de mim. enquanto olhava, minha mãos iam de olhos fechados correndo em seu corpo. o tempo era o mesmo de sempre: escuro pela janela. era eu fechando os olhos. e era você que me deixava agora sem ar.

Tuesday, September 05, 2006

na verdade o que eu queria mesmo era sair pra me encontrar por aí

Sunday, September 03, 2006

strawberry fields forever!

Saturday, September 02, 2006

mora na filosofia (sempre)

O mesmo nome por todos os lugares e os meus olhos pegando fogo. Um primeiro, pela segunda vez... não demorou muito, o primeiro se tornou segundo. E finalmente encontrou a cor que deforma o que quero enxergar, a última gota de cachaça branca do copo que bebi na sua boca. No cigarro um pequeno som, um olhar que não entendeu. Pra cima, pra baixo: olá, de novo. Agora não era mais Chico, mas ainda era lento e forte: era Tom.

“se seu corpo ficasse marcado....”

Eu saberia.

Tuesday, August 29, 2006

you don't know me

eu, você, nós dois
só temos um passado, meu amor
um violão guardado, aquela flor
e outras linhas mais
(Caetano)

Tuesday, August 22, 2006

mais ou menos sinceramente, vamos conversar: além de uma grande ilusão, mentira? vamos então aprender a destruir corações, contando com três passos. entendemos que não há possibilidade de qualquer volta, de qualquer lado chegar a algum lugar. devemos assegurar que o amor prevalesça, somando-se a explicação fotos belas e escancaradamente felizes. inclui-se nesse tópico andar de mão dada e ser dominado, tudo que você precisa. boa noite.

Saturday, August 19, 2006

nine out of ten movie stars made me cry.

Monday, August 14, 2006

cores e flores

só por hoje eu queria que nós dois nao soubessemos ser silêncio.
eu queria que nao falassemos, por um momento, de qualquer coisa sem sentido.

hoje vamos falar de cores,
de amores,
de vento.
vamos falar do seu olhar.
fatalmente caindo de pára-quedas de cabeça pra baixo,
dentro de mim.
vamos falar dos edifícios, tanto faz.

espera o sol chegar.
nem parece que foi ontem
que eu fechei os olhos e de repente, tudo ainda existia
você ainda existia
nem parece que foi ontem
que eu acreditei.

Tuesday, August 01, 2006

eu quero um samba pra me aquecer
quero algo pra beber, quero você
peça tudo que quiser


mombojó é coisa linda de deus.
hoje eu vou tirar os dentes cisos, esses malditos.

Monday, July 31, 2006

e o Recife continua lindo. e o show do Los Hermanos no Recife continua foda.

Sunday, July 16, 2006

a riot

x-bacon é uma das coisas que quanto mais podres, mais gostosas ficam. tudo bem que de qualquer jeito é bom, aliás, é uma das melhores coisas do mundo.
aqueles que a chapa tem gosto de tudo, e consequentemente a comida inteira fica com um gosto indefinido, que geralmente parece bacon.

eu nunca tinha comido um até o enecom de maceió, porque tinha aquela maldita cantina do meio do caminho pra tudo e tinha um cheiro muito bom de bacon.

as vezes me dá umas saudades estranhas do que ainda vai acontecer.

Tuesday, July 11, 2006

Praia do Canto. So tell me why you listen When nobodys talking. What is there to know? oh this is what it is Oh you and me alone Sheer simplicity. 10 minutos.

Thursday, June 29, 2006

.
.
.
seria mesmo mais legal se a gente fosse um nós dois de verdade?

desaparecer juntos

e todo mundo está indo embora, mas nós não vimos antes, dentro das paredes. não olhamos todos os desenhos e sons que estavam rolando desde o alto do prédio até nosso ouvidos. eu ainda podia correr e chegar a tempo, mas nunca conseguiria ouvir a sua última frase, que falou com os olhos cheios de lágrimas antes de nunca mais querer voltar. dei aquele sorrisinho de bom dia que eu me preocupo em não parecer cínico, fiquei com raiva e chorei. mas você sempre vem e me abraça. e tudo esquece.

Sunday, June 25, 2006

olha que céu cínico: claro e sem nuvens. enquanto nós poderíamos estar fazendo tanto... eu poderia estar tanto. estou aqui, em casa, em crise, só com meus deveres incompletos - que fiz questão de ignorar por tanto tempo - a fazer.
maldito domingo.

Tuesday, June 20, 2006

querido diário - 21 de junho de 2006.

e nesses dias, tem sido tão difícil encontrar tempo. não tenho sido para mim - ou talvez, demais. tenho andado apressada, atarefada, apaixonada. agora gasto meu tempo com promessas, trabalhos infindáveis, vídeos mal editados, beijos, livros lidos até a metade, noites longe de casa.
o caderninho vazio.
e eu me sinto mais completa que há muito tempo não era.
acho que isso é estar feliz, assim, meio se querer.

e agora só faltam férias: aquele desejo de ir embora e sumir, só nós dois; e a mesma impotência de sempre.

Saturday, June 10, 2006

e mais uma vez tudo volta:

Hoje a noite
Lua alta, faltei
E ninguém sentiu minha falta

Wednesday, June 07, 2006

oh, what is there to love?
all this is what it is
oh, you and me alone
sheer simplicity

Tuesday, May 30, 2006

quase

passar na prova de direção foi quase emocionante.

o mais frustante é que isso não muda minha vida em quase nada.

hoje estou quase pela metade.



Eu perco o chão, eu não acho as palavras
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim


Eu perco a chave de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio

Onde será que você está agora?

Friday, May 26, 2006

música

Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música

Música

Wednesday, May 24, 2006

agora todos em prol da campanha: LUÍSA, PÁRA DE SER BABACA!




acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
mas não fazia sentido

Sunday, May 21, 2006

rumo à estação finlândia

quando chegava a página 20:

não saber o que pensar, porque era sempre recorrente, quase tedioso. um momento iria explodir: pulou e gritou feito louca, porque já não se continha mais. o telefone, já jogado no chão, então voltou a ser uma potencialidade. e uma dúvida que cortava a garganta. escorria na cara todas as palavras que não ousava dizer, e insistiam em torturar, sempre ali na sua frente. finalmente resolveu, as jogou na parede: e desmaiou.

Wednesday, May 17, 2006

meiguinha de cu é rola!

Monday, May 15, 2006

música para seu almoço

los hermanos para as (des)ilusões,
strokes para ter raiva,
alanis para gritar.
interpol para chorar um poquinho.
portishead para refletir,
chico para lembrar das paixões.



eu escrevo e te conto o que eu vi,
e me mostro de lá,
pra você,
guarde um sonho bom, pra mim

Sunday, May 14, 2006

ser babaca faz muito bem pra alma!

e ouvir bang bang you're dead reforça tudo isso.

trop de pensées

elas são todas diferentes e ouvem cada uma um estilo de música. dizem que as pessoas se diferenciam pelo que ouvem, eu resolvi acreditar nisso hoje. e seguir todos os estereótipos que podia.

eu resolvi me apaixonar hoje, e ela acabou no meu colo falando no meu ouvido.

como sempre, acreditei,
não havia uma outra saida paúpavel. depois de um tapa na cara.

eu só vejo as foto que tiramos. a potencialidade. você me esperando a vida toda que nós podiamos viver. o último cigarro que você disse que iria fumar, e fumou comigo.
esse relato mais ou menos sincero de nós.

suas músicas que nós só discutiremos amanhã. até o sol nascer.

Saturday, May 13, 2006

das histórias que não continuam - mas não acabam:

eu me sobro, você me falta.



.
.
.
e a velha frase:
toda lembrança é um vestígio de lágrima.

Friday, May 05, 2006

Sorte de hoje:

Você viajará para muito longe



luísa. cada vez com mais medo do poder adivinhatório do orkut!
[porque agora tá certo: no começo do ano que vem eu me vendo pro tio sam.]

you make me feel good

I don’t need any reason when I hold you
I never do ask myself why
But if you need a reason I’ll give one to you
You make me feel good
You make me feel good
So good so good
Don’t have to justify why





[sim, eu sou pateticamente transparente]

Thursday, May 04, 2006

quase chuva

preciso parar de me perder com essas loucuras incrustadas nos sete milhoes de fios de cabelo da minha cabeça. me orientar com as palavras raivosas, tornar meu tão pouco ócio produtivo. preciso parar de achar que vai tudo ficar bem no fim das contas, porque só esperar é tão doloroso e nem sempre traz o resultado esperado... preciso parar de me martirizar por coisas tão pequenas, inuteis, insigificantes.

e acredite, isso está me pondo melancólica com céu cinza.

faltam só 7500kb pra isso acabar e finalmente eu poder ser livre.
não, não é verdade.

Sunday, April 30, 2006

abstraindo psicodélicamente: hoje olhei nos seus olhos e meu coração não bateu nem meio milésimo mais rápido. você falou meia dúzia de palavras enquanto ela nos olhava discretamente. dez minutos depois eu iria parar de me pensar em qualquer tipo de acontecimento fracassado da noite e você não importaria mais para mim. o que resta é sempre saudades.

e quem sabe um novo começo. de outro ares, novas percepções de alguém tão igual mas tão não-você.

Saturday, April 29, 2006

going on this way

bêbada, ridícula e "solitária" na sexta feira a noite.

sábado ao som de portishead só pra manter a vida como uma grande ironia.

Monday, April 24, 2006

tudo que preciso essa semana:
capuccinos, metrópolis, seus beijos e abraços e quase nada mais.

Sunday, April 23, 2006

cinco mil capuccinos

Cinco mil capuccinos em mais ou menos 16 semanas. Não foi suficiente, não seria, se não fosse sua ligação as 11 da manhã de um sábado de forte ressaca. E todos os sentimentos rodando, você ainda trabalha na loja em que tudo é show, brother. A vontade maior é: saia daí e venha correndo. Você veio, e tudo acabou naquele nosso velho papo sobre café. Tomando o quincentésimo milésimo primeiro capuccino da décima sétima semana. Acho que seria bem mais fácil se tivesse soado aquela primeira nota de Outsiders antes de você me beijar. Agora estamos sozinhos em casa buscando a forma mais rápida de chegar ao cigarro: fumar até o final, sem vontade. Mas ainda assim foi lento, espaçado, exatamente no ritmo. Eu, correndo, você com todos os medos e ressentimentos possíveis: estávamos ali, só, no escuro da música melancólica dos nossos ouvidos. Eu não consegui acreditar que quinze minutos se passariam em três segundos. E ainda não acredito nos seus arranhões. De repente, tudo explodiu: não éramos. E eu ainda sonhava. Nós ainda nos amaríamos loucamente na décima oitava semana, e tudo iria acabar no quincentésimo sétimo capuccino.

pro entrementes

Saturday, April 22, 2006

Sorte de hoje:
Você terá felicidade e harmonia na sua vida amorosa


é bem melhor acreditar no orkut

Sunday, April 16, 2006

introspecção amarrada

às vezes eu queria
morar sozinha só pra ser bem blasé
ir a todas as sessões de cinema possível
passar as noites bebendo café, assistindo tv e lendo livros
e fingir que eu sou bem mais feliz nessa solidão imensa
às vezes eu queria
parar de me apaixonar pelo que não vale a pena
só pra brincar de casalzinho
não querendo mais nada que isso
Às vezes eu queria ter um cachorro
só pra poder passear pelas ruas
pra encontrar as pessoas
às vezes eu queria
ir embora daqui
e tomar cinco mil capuccinos por dia
pra fazer a vida mais gostosa.

então me diz

emotiva até o caroço.

lembrando do que eu já tinha esquecido.
querendo enormemente que chegue logo o que demora.
ainda assim querendo que o tempo passe devagar.
com medo de paixoezinhas longinquas.

"eu te queria, eu te queria para mim"...

ai. :~

Tuesday, April 11, 2006

todo sobre mi mamá

nao consigo.
a cada filme do almodovar que eu vejo, a afirmação é mais intensa.

almodóvar é O cara.

Monday, April 10, 2006

e por que mesmo ele mora a 2103 km de mim? :~

Friday, April 07, 2006

em fluxo continuo e fechado.

e agora nós dois estamos em um momento instrospectivo. com se a conversa fosse só nossa, eu e você sem eles nem elas. já não rimos um do outro e nem resta chorar. nos tornamos total estranhos, mas hoje, você resolveu abrir a boca e me dizer que pensa como eu de um jeito diferente. você nunca foi de fórmulas, e hoje me explica é velocidade vezes tempo é igual a espaço. mas baby, o tempo determina a velocidade. então hoje nos encontraremos num lugar entre o nada e o adeus para discutir nada importante. Mais velocidade, menos tempo. você vai embora e continuamos os mesmos desconhecidos de sempre. você me mostrou seus desenhos, sonhos, idéias e nós rimos até cair no chão. e agora, eu arrancando minhas unhas, você ousa ficar em silêncio sem olhar na minha cara.

Saturday, April 01, 2006

today's fortune

depois de um tempo viajando "sozinha", eu descobri que a lully está realmente certa com sua arte de se divertir só.

finalmente aprendi a curtir essa idéia de ficar comigo as vezes.
é uma delícia.

filme, comidinha, calça de pijama folgada e ficar em casa sábado a noite.
e eu consigo esboçar sorrisos nunca imaginados ou até inconcebíveis em pensamento. ponto pra mim.

Today's fortune:
Our first and last love is.. self-love

o orkut não mente jamais! :}

receita

eu odeio relatos sinceros sobre essas novas paixões.
odeio não entender o motivo pelo qual ele me deixou. porque virou o rosto e foi embora. e porque não ventou durante uma semana depois.
tenho saudade de alguns poucos poemas que ele recitou pra mim. Da boca na minha nuca, de nenhuma das palavras que agora, são momentos sós que passaram. ele me decifra; meu silêncio é mais interessante do que ficar cheia de moralismos e filosofias pra cima de.
talvez eu encontre nos olhos uns versos perfeitos.
palavra-é-palavra-acaba
palavra-voa-no-tempo
olho-vai-longe-acaba-não

agora,
esmague todos os ingredientes até formar uma mistura homogênea.

Monday, March 27, 2006

nos últimos dias tenho te procurado desesperadamente.
em todos os cantos, portas, ruas.
e por mais que você não saiba,
a falta é grande e estranha.

mas se tu soubesse, não teria deixado eu ir embora assim.

toda lembrança é um vestígio de lágrima.


i'm missing you.

Thursday, March 23, 2006

before sunrise

Apesar de ser bonita, a lagoa era escura e rodeada por prédios altos e cinzas. poderia até ser nostálgico, se não fosse asfalto, carros, tiros.
Era importante andar sem olhar a cara de ninguém. ele é tão frio e nunca lembra que tem uma cidade pra amar. ruas estreitas, casas antigas, cinema com clima noir já esquecidos há tanto tempo. putas saindo de hotéis com luzes vermelhas, os bares mais lindos.
tanto confundia quanto agradava a idéia de ter aquela mulher tomando chopp ao seu lado na noite das duas da manhã. era uma ilusão, sempre será, mas fingiu que era sua companhia. ele fantasiava histórias de amor que não queria que acontecessem e gostava de maltratá-las com palavras jogadas com sol na cara. a satisfação era acordar de cueca, com os lençóis remexidos ainda com cheiro de porra, fumar cigarro na janela. ele sempre está certo, repete todas as noites suas mulheres que não existem.


*com inspirações descaradas

Sunday, March 19, 2006

yey

se tem uma coisa que a rave nao foi é momento de reflexão.

foi momento de pirar com a música e com tequilas e flamejantes. e dançar pulando durante algumas horas seguidas, e pedir muito pra ficar mais quando já era 9 da manhã. e dançar no ponto de onibus, freneticamente. e de nao estar cansada até o momento que sentei no 509.

só tenho uma coisa a dizer: o que foi o GMS?

puta que pariu! melhor rave ever.

Saturday, March 18, 2006

trancering

mais uma vez aquelas tantas vontades que voltam sempre.

falta dinheiro, tempo, coragem. conseguir ir embora. esquecer. querer.

ele escreve tão bonito e entende tanto a minha alma. mas não sabe nunca, e eu já desisti de tentar falar. e de mostrar. porque ele desistiu de me compreender há tempos. talvez nunca tenha tentado.

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hoje tem rave.
momento de fechar os olhos, pensar em tudo, abstrair.
porque dançar trance é momento de reflexão pra mim. misturado com empolgação. e isso é realmente estranho...
ficar sozinha comigo, pensar com as batidas ritmadas.
é bem assim.
Talk to me now I'm older
You friend told you 'cause I told her

Friday nights have been lonely

[Change your plans and then phone me]

Wednesday, March 15, 2006

michael

So sexy, I'm sexy
So come and dance with me, Michael
I'm all that you see, you wanna see
So come and dance with me, Michael

So close now, so close now
So come and dance with me.



eu quero um alex kapranos pra mim.

Monday, March 13, 2006

brasil inteiro

voltei pra constatar que viajar com mamãe, conforto e restaurantes bons é ótimo

mas que não há nada melhor do que viajar com amigos, dinheiro contado (e faltando), se jogando, sabendo lá o que é bom de verdade.

nada de passeios para turistas, o melhor é descobrir.
porque eu amo conhecer as cidades. ou descobri-las.


e que venha a próxima :D

Monday, March 06, 2006

encontre os olhos

o texto que ia pro entrementes "sonho"...

Andar sozinho não basta. perder segundos com sorrisos.

sempre preciso conhecer uma história nova pra me preencher. história dos fins não contados, de passear pelas ruas do centro às quatro da tarde com o sol infernal na cabeça, que remexe pensamentos soltos. todos os dias tenho passeado por aí comigo mesma, indo para os lugares que só existem para mim. mesmo que as avenidas sejam escuras, são passos inconscientemente contados.
enquanto as imagens tremiam na tela, eu ainda via você, longe. no mesmo lugar que eu tinha deixado, e sabia, era de propósito. se escondendo em todos os buracos que eu inventei. amor uma vez foi, mas não volta, porque meu bem, o tempo está passando. talvez pudesse não ver de um modo áspero toda a realidade que pode ser tão mais fantasiosa. talvez esqueça o que você me diz.

Pick a color: blue.
B-L-U-E.
Pick a number: 8.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8.
Pick another number: 15.
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15.
Now pick another number: 6.
dream is destiny.

viagens

indo embora mais uma vez..
e esperando que dessa vez eu realmente consiga ir embora daqui.
e só voltar depois.

So far away
Come on I'll take you far away
Let's get away
Come on let's make a get away

Once you have loved someone this much
you doubt it could fade
despite how much you'd like it to
God how you'd like it to fade

Let's fade togheter. Let's fade forever.

[lembrando ainda do Rio...]

Saturday, March 04, 2006

but we're still outsiders

não vou comentar sobre tudo que passou.
sobre todos os sentimentos intensos, sorrisos imensos, lágrimas e tudo que foi e devia (ou talvez não devia) ser.

não vou falar sobre o apoteótico show do Franz. dos três tocando bateria em Outsiders.

não vou falar sobre as pessoas, os rocks, os lugares, as fotos mentais. O tanto de gente que tinha na rua, sempre.

não vou falar que tenho saudades já.

só vou dizer que foi um dos melhores carnavais ever.



When you saw me sleeping
You thought I was dreaming of you
I didn't tell you
That the only dream
Is Valium for me

The only difference is that
What Might Be Is NOW

Sunday, February 19, 2006

e agora, josé?

Wednesday, February 15, 2006

me convida

a fantástica história da menina que se apaixona pelos sotaques e olhares primeiros.
e pelo jeito tímido,
e pelos sorrisos.

Saturday, February 11, 2006

o calor no Recife era bem mais suportável. bem mais gostoso de deixar passar.

havia tempos que eu não queria tanto ir embora daqui. passear pelo brasil.
conhecer
respirações novas,
paisagens novas,
cores novas.

travessia flor.

todo dia eu preciso conhecer uma história nova pra me preencher. historia dos fins não contados, de passear pelas ruas do centro as 4 da tarde com o sol infernal na cabeça, que remexe pensamentos soltos. todos os dias tenho passeado por aí comigo mesma, indo para os lugares que só existem na minha cabeça. mesmo que a avenidas fossem escuras, o grito não iria ecoar tão longe. tão perdido. seriam passos contados.
sonho fechar os olhos 1 horas da manhã e sentir todo o sangue passando por todos os órgãos do meu corpo. conseguir dormir, e que os números fiquem por um bom tempos rodando no relógio. porque sonhar também é viver. é estranha, é distante.
visto os sonhos loucos e cheios de personagens que agora se perdem na minha imaginação. querer viver essa vida que é sonhar, porque lá sim, tudo acontece como deveria. tudo é exatamente o que parece.
dream is destiny.

Friday, February 10, 2006

eu quero a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida.

toda toda hoje.

Thursday, February 09, 2006

do início que não é bom

eu odeio começos de semestres nos lugares porque é sempre o mesmo.
do tipo ir para o espanhol e ter que responder àquela clássica: "quem é você?"
a clássica que se responde onde quer que você esteja: faculdade, ensino médio, fundamental, espanhol, francês.
pra que dissertar sobre quem sou eu?
é muito auto-ajuda pra mim. "se descobrir". não é assim que eu me descubro não, vai me desculpar.

por isso que eu digo.

pensamento do dia: "temos que preservar não só o meio ambiente, como o ambiente todo" (autor desconhecido/ENEM)

Tuesday, February 07, 2006

zombies tem embalado meus dias. dias de pensamentos perdidos, em que eu encontrei companhia em mim. Em que eu realmente tenho estado rindo sozinha, perdida em algum pensamento, em alguma lembrança, ema lguma música. o rock antigo deles é dançante e acaba me lembrando de uma época que eu não vivi. mas que as pessoas tinham os mesmos medos, as mesmas vontades. em que era exatamente assim: de querer encontrar alguém, de não querer estar sozinha nunca. de ter alguém pra sorrir pra mim na hora em que os últimos raios de sol batem na cara. Conheci zombies numa tarde solitária das férias. em que tinha decidido emergir no espaço das histórias contadas dos filmes. o filme, "dear wendy", totalmente sem sentido, mas de algum modo divertido, do lars von triers. e era gostoso o sentimento do menino, que embalava todas as aventuras no rock dos zombies, que tocam assim, e fazem a gente dançar em voz alta. ele encontrava cores no mundo pálido dele, ele construía um modo de sorrir. eu tenho construído um lugar pra mim. que de tempos em tempos se externaliza em risadas sem sentido de pensamentos soltos, numa viagem de ônibus qualquer.

Sunday, February 05, 2006

no fears and regrets

comentar sobre o que passa fica difícil, já que as lembranças estão de algum modo perdidas. o que se lembra é o que não deve ser esquecido. e eu lembro do som. não sempre, não de todo. lembro do bigode branco, do boné laranja, das batidas. de sorrisos. ver coisas, se emocionar com a arte de girar, girar, colocar cores no ar, dançar, ser bela. ver o sistema solar. dançar, dançar, claro, até morrer. achar que está claro demais. claro demais? óculos escuros na boate. com a luz negra, todos roxos, tudo bonito. me perdi de mim umas tantas vezes. quando me encontrei mesmo, já era sol das 8 da manhã, e nós sentamos, arregalei os olhos e só pude dizer:
"o que foi isso?"
tudo dentro de um centimetro quadrado de papel branco.

voltando de onibus as 9 da manhã, as velhinhas de guarapari me olhando torto. dormir pra quê, aventura ainda não acaba. meio dia, os olhos fecham sem vontade.

Tuesday, January 31, 2006

missing out

it's summertime
and the living is easy.

Monday, January 30, 2006

veneza brasileira

O Recife é assim... uma cidade sem palavras.

que eu não esperava nada, e veio. com todas as ruas, prédios antigos, pessoas bonitas, shows perfeitos, cerveja barata, bares lindos, mercado de São José, as conclusões filosóficas sobre a cidade. as milhares de pontes. os grandes passeios de ônibus. as pessoas mais simpáticas do mundo. e o show do los hermanos. O show do los hermanos. o ar que se respira. o clima. o movimento da cidade. o calor. as praias. olinda que eu não conheci. a vontade de ficar lá uns bons tempos. a saudade.

o cobrecos. o encontro com as discussões políticas, manobras da mesa, resoluções discutidas, propostas bizarras, pessoas "bzarras", algumas não, ilusões, desilusões. debates de formação, quase nada. discussões das diretrizes e posicionamentos do movimento estudantil, quase tudo. a preguiça dos delegados. "vai delegar no cobrecos? não, não, vou pelegar"

e a viagem, que definitivamente entra na lista das "melhores da vida". com pessoas fodas, roteiros fodas, foi o que foi.

a volta, eu dopada de dramin. os sonhos loucos. o dia que começou rodando. os sentimentos confusos que costumam ser assim, e mais ainda. o fim de tarde.


They will see us waving from such great heights,
"Come down now"... They'll say.
But everything looks perfect from far away,
"Come down now"... But we'll stay.

Thursday, January 19, 2006

chegou (eu fui)

Enfim, Recife
ou
até dia 30.

Monday, January 16, 2006

da nostalgia que volta

eu sei, é um doce te amar
o amargo é querer-te pra mim!


porque às vezes se faz necessário dizer isso.

por todas as lembranças que fazem rir, se apertar, chorar, não rezar antes de dormir
se perder nos pensamentos soltos,
nos amores perdidos.
nos dias que passaram,
que nós passamos.
que nós fomos.

Sunday, January 15, 2006

in a manner of speaking

oh, give me the words that tell me everything.

aquela única cena que não deve acontecer:
ele, especialmente bonito, com seu all star branco
e ela, especialmente linda, do lado.

Saturday, January 14, 2006

eu, vou.

de tudo que temos falado nos escassos últimos dias.

das palavras pesadas que me disse. que cairam na minha cabeça. dos fatos irremediaveis que os olhos ousaram assistir. da realidade crua que existe e não quero acreditar. de tudo que eu disse há um ano atrás e não consigo colocar em prática. de tudo novo que me forço a aceitar quando na verdade o que eu quero mesmo é dizer
não.

Wednesday, January 11, 2006

as you walk away

O som das batidas não eram sempre dramáticos. às vezes eu dançava no ritmo, e achava o momento perfeito. de dias em dias, o laranja do sol era tão intenso que as cores das ruas brilhavam solitárias. eu conversava com elas por uns momentos, apesar de nunca ser o suficiente.

I was five and he was six
We rode on horses made of sticks
He wore black and I wore white
He would always win the fight

se eu sempre esperasse talvez doesse mais. na verdade o que eu não sei é o que poderia ser e todas as possibilidades tortas que ofusco todos os dias com qualquer lágrima que ouso deixar cair sem sentido. se a história fosse outra, e o fim um pouco menos entediante, eu correria cantando por aí. sem sentido.

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down

e é nessa história de finais não-contados que quando olho para trás me vejo de braços abertos pronta para pular. aonde caio não sei, preto e branco ou em cores. quem sabe quando os olhos vão se abrir? e quem sabe a queda não seja macia o suficiente?

Bang bang, I shot you down
Bang bang, you hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I used to shot you down

e a mania de saber como as pessoas são sem conhece-las... só pelo olhar. pelo jeito de andar. eu e ela nunca tinhamos conseguido ser assim até que um dia eu acordei sozinha na cama. havia um vento cortante misturado a soluços perdidos no travesseiro e o cheiro. o cheiro que nunca mais vai embora.

Bang bang, my baby shot me down.

Monday, January 09, 2006

null

como ficar triste em 30 segundos.
welcome to the age of love.

dona ufes

porque não existe coisa melhor que passear na ufes.
lugarzinho que eu amo tanto.

trancering

tenho dito muito nesses últimos dias: só é bom quando acontece naturalmente.

e foi assim:
fechar os olhos,
esquecer do que iria me fazer chorar em poucos minutos,
ouvir a música,
as batidas fortes que pulsavam nos ouvidos.
pular, dançar,
se divertir só comigo.

nunca imaginei que conseguisse isso sem fazer força.

a rave foi muito boa num sentido que eu nunca iria esperar.

Saturday, January 07, 2006

essa merece

.:. clariscoisas diz:
quer ir pro balacobaco?
lu abacaju [meu peixinho morreu-se :~~] diz:
hahaha
lu abacaju [meu peixinho morreu-se :~~] diz:
vo pra rave, amor!
.:. clariscoisas diz:
ah tá
.:. clariscoisas diz:
rave de cu eh rolaaaaaa
lu abacaju [meu peixinho morreu-se :~~] diz:
hhahahaha
lu abacaju [meu peixinho morreu-se :~~] diz:
anchietinha de cu é rolaaaaaaaaaaaaaaaa
.:. clariscoisas diz:
eu nao vo pra laaaaaaaa
lu abacaju [meu peixinho morreu-se :~~] diz:
vai pra ondeeeeeeee/?
.:. clariscoisas diz:
pro balacobaco porra
.:. clariscoisas diz:
lu abacaju [meu peixinho morreu-se :~~] diz:
uhahuahuahuauha
lu abacaju [meu peixinho morreu-se :~~] diz:
ah tá
.:. clariscoisas diz:
sonseira
lu abacaju [meu peixinho morreu-se :~~] diz:
bixo, acho que eu so a pessoa mais lesa que eu conheço

Tuesday, January 03, 2006

ao início

não sei se faço tudo certo ou tudo errado,
mas às vezes parece que estou
andando em círculos.

do que foi e poderia talvez

porque seguimos as pessoas que gritavam talvez soubessemos. só havia aquele ritual de todos os anos e lá estavamos desejando coisas estampadas nas cores das roupas para um novo ano. sem intenções, inicialmente. tudo começa inocentemente. eu, você, amigos. estou impaciente. sou impaciente. alguma coisa acontece no meu coração, que é no momento em que o ponteiro se junta que vem um calor que toma de um modo quase único. não choro, mas uma lágrima cai. sempre cai, solitariamente, como dito ritual. lugar perfeito, a situação nem tanto. da confusão de tudo que passa rapidamente, dos meus olhos que não conseguem enxergar. da impossibilidade contida que tanto tento esconder e talvez nao tenha conseguido. o que realmente acontece é que pensamos de um modo bem parecido, e talvez até combinassemos e pudessemos ser. mas acabou como só idéia.
mas estavamos todos nós: talvez o quer importasse fosse como o conjunto cantasse ou como eu me sentisse, acho que não era tão decisivo. mas havia uma só energia, e eu destoasse, as duvidas e vontades fossem fora do esperado. por mim também.
mas acaba como não-sempre: volto pra casa as 5 depois de algumas tentativas de ser como de costume.
eu gosto de me vestir acreditando que o meu ano vai ser todo assim: do jeito que eu quero. talvez seja eu quem decida isso mesmo, e não no momento em que decido a cor da minha roupa.
mas acho que agora eu desisiti das decisões.

a champagne que estoura às 23:45. sobe, desce. a praia linda. assim se inicia 2006.
___________________________________

mudança de template para manter a tradição.

Wednesday, December 28, 2005

fim de ano II

novidade:
deu quase tudo errado... mas sempre tem uma saída.
e eu to indo pra itaúnas no reveillon com os amigos também queridíssimos :]

então. o ano chegou ao fim né.
e foi 2005. depois de muito tempo, enfim, marcante. e já era fadado: eu entrei na ufes. o cheiro, as pessoas, os lugares de lá. e parece que energia da ufes me mudou antes de eu ser universitária, antes de qualquer coisa.
e aí foi assim: novos amigos, novos amores, novas viagens, novos olhares. mas também reencontros, os amigos antigos que nunca deixarão de ser.
e passou rápido, voando, e nem vi a cor quase.
aconteceu muita e muita coisa. dentro e fora de mim.

e é isso.
até 2006.
fim.

Saturday, December 24, 2005

o telefone

é natal, bla bla bla, tempo de sentimentos bons, pra mim sempre nostalgia, bah.

e o impressionante é quando soa uma frase que muda toda a intenção com a voz distante do telefone.
e é ruim quando não consigo ter a chance de não lembrar. repetir o que já foi, voltar sempre atrás, não conseguir mais brigar comigo mesma.
o tempo vai e vem. time is like a broken box.

e várias coisas que aconteceram e acontecem, e eu nao entendo nunca.
nem quero.
às vezes eu quero mesmo alguém pra mim, que me queira.
às vezes também não.

We sail today
Tears drown in in the wake of delight
There's nothing like this built today
You'll never see a finer ship in your life
Along the way
The sea will crowd us with lovers at night
There's nothing like this built today
You'll never see a finer ship
Or receive a better tip in your life

I see that you've come to resist me

Interpol também me entende.

Thursday, December 22, 2005

férias

e o comentário derradeiro:

enfim, férias.

hoje é dia de levar a máquina pra consertar - há uns 3 meses quebrada.

Monday, December 19, 2005

mal me quer

eu meço no vento
o passo de agora

e o próximo instante é quase lá.
peço não saber até você voltar...

porque Marcelo Camelo também me entende.

e após digitar 17 páginas de trabalhos e afins, eu cansei de teclado. é, mas ainda assim nao consigo nao parar de pensar em tantas coisas que eu tenho a dizer. então é.

[+]
depois dos sonhos destruidos, e toda aquela história de sempre que eu nao sei quem sou. e também nao sei o que estou sentindo, mas talvez até quinta isso seja o menos importante. e isso é muito bom, se for pra pensar de um modo prático-utilitário - e parece que de uns tempos pra cá eu só sei pensar assim.

um resumo, um seminário, duas provas, duas festas e eu vou embora. ah sim, se tudo der certo, e tudo dar certo é uma coisa complicada de acontecer. mas quem sabe.

dia 26/01 tem show do Los Hermanos em Recife. e daí? e daí que eu vou estar lá e isso é uma perspectiva foda para as férias. e eu adoro perpectivas na vida. :]

e agora, sem sonhos, sem o colorido vivo dos dias? agora o vento vai dizer lento o que virá.

Eu aflito e só
Confuso sem você por aqui
Assim eu sonhei
Mas isso eu não quis
Que diferença o dia se fez
Assim

Saturday, December 17, 2005

pablo neruda

ontem cheguei em casa um pouco bebada e com pouco sono, cheia de confusoes na cabeça. achei um livro do neruda, comecei a ler. o espanhol nao era muito difícil.
o neruda escreve coisas lindas de amor. e me traz sentimentos bons.

Friday, December 16, 2005

al cielo

No pido que todos los días sean de sol
Solo pido que todos los viernes sean de fiesta.
Y mismo que cambie tu y yo
No bastaría solamente la luna
Sin ti.

Tuesday, December 13, 2005

bossa descompassada

e você veio cheio de meias mentiras, com subjetividades tortas e eu me olhei no espelho. vi um rosto disforme, uma mulher-massa. vi que logo eu, que sempre me achei tao individual e diversa, tão a parte. me vi e precisei daquilo que todo mundo precisa.
quis continuar seguindo os cansados caminhos da linearidade aprendida. e aí vem você, com hiperconceitualidade quase incompreensível cheio de saltos no escuro e dúvidas do amanhã.
você sabe que eu não aprendi a descontruir o pensamento e fica triste.
a nota final largada nas derradeiras gotas soa, os olhos fecham no beijo perdido.

Monday, December 12, 2005

goin'down

ah, noite fria.

I feel my head goin' down again
You disappear from the foreground
I'm unaware which way is down
A major repair is underway
Require a blanket of silence


vontade de sumir. again.

Saturday, December 10, 2005

que é uma pena

e aí voltando a velha história daquela que se atira incondicionalmente,
e aquele que acha uma delícia, mas nada mais que isso.

O velho texto batido dos amantes mal amados, dos amores mal vividos.

e aí se completa a fase desse ano, que um dia é superada?
como é que acontece isso, assim, o tempo todo, numa sucessão de frases inacabadas?
respostas só com o tempo.

Wednesday, November 30, 2005

quase lá

acorda paulo torre vive, pensa paulo torre vive, estressa paulo torre vive, chora paulo torre vive, grita paulo torre vive, reclama paulo torre vive, conversa paulo torre vive, estuda paulo torre vive, almoça paulo torre vive, namora paulo torre vive, lancha paulo torre vive, toma banho paulo torre vive, pega onibus paulo torre vive, janta paulo torre vive, dorme paulo torre vive.


ok, se não ficar bom eu me jogo da ponte, e tenho dito.


a divulgação bonita vem depois. aliás, alguém que lê isso não sabe ainda?

Friday, November 25, 2005

lilás

o som que ecoa dos paralelamente quadrados. sempre quis entender aqueles gestos combinados, o pensamento. ninguém nega que combinam as notas de um modo único e o som parece desenhar no ar. sempre colorido, mas prefere os tons lilás. o lilás tem um sentimento de nostalgia, consegue ser alegre e incômodo ao mesmo tempo. há algum tempo pintei minha casa de lilás e combinado com lírios deu um clima fúnebre. foi estranho pela primeira vez ver essa cor de um jeito diferente. tirei os lírios, coloquei girassóis e agora a casa é só sorrisos. mas quando toca aquele som... quando toca é quase sublime. um fusão incontrolável de paradoxos, um ser-não-ser e no fundo a música que cria imagens no ar. e nao, as imagens nao se perdem. Ficam guardadas nas paredes lilás.

Thursday, November 17, 2005

o quereres

O quereres e o estares sempre a fim
do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti,
mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal,
e eu querendo querer-te sem ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há
e do que não há em mim

Deixa eu cantar.


mais uma semana cheia de trabalhos, resumos, provas, pessoas desanimadas, eu desanimada, falta a criatividade.
fim.

Saturday, November 12, 2005

vital é não estar aqui

nessa tarde fria,
com mamãe gritando todas as razões de eu não ter viajado no feriado
e achando o máximo eu estar ultra-gripada,
nao querer sair hoje a noite,
e estar chovendo sem parar,
é que me dá vontade de sumir daqui.

o que sobrou?
filmes, resumo do carminatti,
reportagem do malini,
conversas saudosas por msn,
edredom.
alguns amigos longe.
carros com chiclete com banana na maior altura.


tédio.

Monday, November 07, 2005

cariocas têm sotaque

:. e se eu me perdesse assim, num sonho bom
quem ousaria dizer se foi assim,
quem irá dizer que é ruim? .:


de volta do Rio com empolgação,
das pessoas lindas e bem vestidas, mulheres e homens.
dos programas tipicamente cariocas:
*andar no calçadão no fim da tarde.
*ir na cafeteria seja as 5 da tarde ou da manhã
*passear pela livraria por algumas horas, e as livrarias não serem dentro de shoppings-inferno
*ter milhares de bares e festas pra ir, sem saber qual fazer
*ter engarrafamento no domingo, e sim, a cidade não pára, nem de madrugada, nem domingo a tarde.
*não ter só uma opção no domingo, não ter q ouvir que tá todo mundo no pagofunk. aliás, lá existe pagofunk? acho que não, hein.

de ter uma vontade incontrolável de ter minha casinha,
de querer morar lá de novo,
mas de nao conseguir ir embora daqui porque amo tanto.

de querer voltar e ficar por mais tempo na próxima.

Friday, November 04, 2005

cariocas não gostam de sinal fechado

agora, depois de uma semana sem internet, falta tempo.

sim, porque estou indo pro Rio passar o final de semana.
essa é a primeira vez que eu vou pro e vou conhecer o Rio. Sim, já fui pelo menos umas 50 vezes lá, mas nunca conheci, de andar, ver pessoas, sair para os lugares, tomar café a tarde, ir no cinema, sair pros bares.

e que o avião não sacuda muito. amém.

já volto.
até domingo!
porque Vitória cansa de vez em quando.

Thursday, October 27, 2005

Culture Jamming

taí algo que é extremamente interessante e nem tão longe da nossa realidade... é grande mas vale a pena.

post em homenagem as queridas publicitárias vendidas... especialmente dona maria e fernandinha

Culture Jamming é o nome que se dá à prática de parodiar peças publicitárias e utilizar os outdoors adulterando e alterando suas mensagens de forma drástica. Considerado um dos maiores expoentes nessa prática, o americano Rodriguez de Gerada prefere a expressão “arte do cidadão”, e não “arte de guerrilha”. Ao contrário dos publicitários, afirma Rodriguez, esse trabalho implica uma discussão quanto às políticas de espaço público na comunidade em que for colocado.
Os adbursters (ou subverting, subversão da publicidade, como são chamados em Londres) acreditam que o público tem o direito de responder às imagens que nunca pediram para ver. O termo culture jamming foi cunhado em 1984 pela banda americana de audiocolagem Negativeland. Mas a questão vai muito mais longe, “tentar apontar as raízes da culture jamming é quase impossível, em grande parte porque a prática é em si mesma uma mistura de graffite, arte moderna, filosofia punk faça-você-mesmo e molecagem antiquíssima”.
Robin-hoodismo semiótico, é disso que parece se tratar aqui, sugere Naomi. Seus militantes não acreditam mais que o espaço livre de propaganda pode ser conseguido pacificamente. “A culture jamming rejeita frontalmente a idéia de que o marketing – porque compra sua entrada em nossos espaços públicos – deve ser aceito passivamente como um fluxo de informação unilateral”.
Radicalizar a verdade na publicidade, produzir contramensagens que interferem com a comunicação do anunciante para revelar a verdade mais profunda oculta nos eufemismos publicitários. Seus trabalhos vão de paródias de propagandas à interseções no outdoor original.
“(...)A única ideologia que une o espectro de culture jamming é a crença de que a livre expressão não tem sentido se a cacofonia comercial aumentou ao ponto de ninguém mais lhe ouvir”. Ninguém pode negar o bombardeio a que somos submetidos. Lembrem-se da patética superexpsição do nu feminino na propaganda, nos filmes, nas novelas… Não se trata nem de menosprezar a nudez do corpo nem a nudez feminina. Também não se trata de pura e nefasta tentativa de diminuir as mulheres que acreditam numa busca da beleza ideal. Entretanto, temos que admitir que fomos tão intoxicados com a avalanche da mesma representação do mesmo ideal de beleza, que estamos nos tornando insensíveis ao fato de que se tratam de representações e não da realidade viva dos corpos. Na crença de que este ideal é um produto à venda no mercado, nem cogitamos mais na hipótese de que beleza talvez seja um estado de espírito. Estamos narcotizados com esta “cacofonia comercial” que diz que a beleza pode ser comprada !!!
A reação a essa cacofonia comercial levou a culture jamming a se espalhar em redes de organizações coletivistas de mídia. Descentralizadas e anárquicas, combinam a subversão da publicidade com a publicação de zines, rádios piratas, vídeos ativistas, desenvolvimentos na internet (o que inclui hackers invadindo sites de grandes corporações) e militância comunitária. Vejamos um exemplo. Trata-se da questão do cigarro, mas imaginem quanto resta a ser feito em relação ao machismo presente na propaganda que utiliza o nu feminino ?
“Uma culture jam bem divulgada surgiu no outono americano de 1997 quando o lobby antitabaco de Nova York comprou centenas de placas publicitárias de táxis para apregoar as marcas de cigarro ‘Lodo da Virgínia’ (Virginia Slime) e ‘País do Cancêr’ (Cancer Country). Em toda Manhattan, quando os táxis amarelos ficavam presos nos engarrafamentos, as propagandas jammed se acotovelavam com as das empresas de cigarros”.


mais em:
http://www.afm.org.br/artigo17a.htm
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2003/03/248962.shtml
http://www.rizoma.net/interna.php?id=135&secao=intervencao
http://www.ladonegro.net/cat_activismo_liberdade.html?page=5




contracultura é o que há. me sentindo agora militante contra a ditadura (nããão!). mas sempre lembrando que eu sou "militantezinha de merda", aqui se encerra o post em homenagem a minha queridas publicitárias vendidas... :***

Wednesday, October 26, 2005

tempo mano velho

dona luh adverte:
formar chapa pro CA causa stress, cansaço mental, e afastamento dos amigos queridos.


desânimo da vida. agora tudo pesa demais.
acontece que eu não queria ter visto esse lado de ninguém. não queria que tudo acontecesse do jeito que está acontecendo, não queria que já começasse errado pra mim. é muito dificil ver tudo sufocando muito rápido e não ter tempo de reagir. talvez seja esse o grande aprendizado que eu tanto ouvi falar. mas estou com medo, muito medo do que pode vir. mais do que nunca, as dúvidas...
nhá.

Thursday, October 20, 2005

hard to explain

toques no piano que escorrem dos meus olhos. se esvaem das mãos. eu sorrio, mordo as unhas. ensaio um olhar discreto. espero cheiros cheios de intenção. saudades estranhas me esperam. barulhos que pesam no ar. eles me deixam aqui, fico sozinha mas ainda assim não tenho medo. poderia estar no balanço da estrada, com os sorrisos, com o brilho nos olhos. mas agora só a lua brilha, som dos olhares no chão. as construções em ruínas. carros, ruas, luzes, tudo rápido, imagens, sua boca e no ventilador vermelho rodando o barulho constante. iconofagia em sonho. me perco nas imagens que rodam. silêncio. você do meu lado na cama e os nossos olhos fechados.

Oh, we shared some ideas
All obsessed with fame
Says we're all the same
Oh, I don't see it that way
I don't see it that way

Monday, October 17, 2005

assim se passaram dez anos

eu sei que essas duas últimas semana passaram em cinco segundos e que foram tantas as coisas que aconteceram. não vou dizer que eu passei mais de uma semana sem escrever aqui porque simplismente não tenho inspiração pra escrever. não vou pensar que a nossa chapa pro CA tá inscrita e agora aponta pra fé e rema.

enfim, não podia deixar passar em branco.

é complicadíssimo começar. não sei bem o que dizer... é só uma mistura de vários sentimentos de intensidade variante. foram tantas milhares de coincidências desde algum tempo atrás. e hoje sim, é o dia que faz dez anos que meu pai morreu e amanhã é o dia mundial da democratização da comunicação.
imaginei de várias formas como seria se ele ainda estivesse vivo. de como seria minha relação com ele, de como eu seria, do susto (ou orgulho) que ele tomaria quando eu falasse: "pai, vo fazer vestibular pra jornalismo", o quem sabe eu até estivesse fazendo outro curso. será que eu iria morar aqui, estudar nos mesmos lugares, passar na ufes... não sei. talvez minha vida fosse muito parecida com o que é hoje, talvez fosse completamente diferente.
é, esse post é bem desconexo só pra jogar uns pensamentos soltos, uns desabafos. essa semana pensei tanto nessa coisa de tempo. porque as duas últimas passaram rápido demais, e o semestre daqui a pouco tá acabando e é assustador pensar que de repente eu to no terceiro período. cara, eu acabei de entrar na ufes! e já tem dez anos que a gente vive sem o Seu Paulo aqui em casa. eu ainda lembro de várias coisas, dos domingos a noite, das praias, das manias, apesar de não prestar muita atenção nesses detalhes... afinal, eu era só criança. eu tinha só oito anos. e eu lembro de me pegar chorando na cozinha há uns dois anos atrás de saudades. e agora vem a mesma vontade, mas junto com uns outros tantos sentimentos.
e aí nós estamos fazendo o espetáculo-homenagem no fim do ano, e várias coincidências bizarras estão acontecendo, e de eu sentir - e eu não acredito muito nessas coisas - que ele quer que eu também esteja participando do projeto. do tipo a gente adaptar o conto "A Noite em que John Lennon morreu" pra teatro e marcar o espetáculo exatamente no dia em que ele foi assassinado. e isso foi sem querer, só percebemos depois.
pelo menos fica registrado aqui que, há dez anos atrás, morria um cara que tão cheio de idéias inacabadas poderia tanto contribuir com a cultura capixaba. com o jornalismo já não sei bem...

acho que o relato ficou muito superficial. mas é, não estou inspirada esses dias.

por fim, pra saber mais sobre a vida
leiam o Caderno Dois de hoje, que tem o mesmo título desse post.

Sunday, October 09, 2005

silenciosamente

como resistir à vontade de ouvir música sem parar,
de esperar o telefone tocar,
de ficar conversando a tarde inteira,
de ir no cinema,
de ver televisão,
de ler o livro que eu quero,
de estar com meu alguém especial,
de sair pra comer sushi.

ainda assim tenho que estudar pras duas provas que se aproximam essa semana...

a vontade de não fazê-lo é infinita.
Nada de Jesus Martin-Barbero e suas idéias confusas.
Nada de palavras complicadas em francês.

medo de jogar tudo pro alto e a vontade imensa toma meu corpo.
o vento vai dizer lento o que virá.

Monday, October 03, 2005

fora da ordem

do nosso amor, a gente é quem sabe, pequena.
[sem saber que o fim já vai chegar]





fala poesia baixinho no meu ouvido.

Sunday, October 02, 2005

a vida é curta pra ver

eu preciso andar
um caminho só
vou buscar alguém
que eu não sei quem sou

Eu escrevo e te conto o que eu vi
e me mostro de lá pra você
guarde um sonho bom pra mim


quando achei que estava tudo assim, diferente, me senti do mesmo jeito. considerando os sentimentos diversos, pensando nos outros,
acima de mim.
afinal, a gente não consegue mudar facilmente a essência.


pra nós, todo amor do mundo.
pra eles o outro lado.

to com saudades de algo que posso ter destruido.
aquelas decisoes estranhas do dia a dia.

sempre eu.



experimentações

Nada é verdadeiro, tudo é permitido! Este mote, geralmente atribuído à fantástica figura de Hassan-i-Sabbah, é o estandarte da mais jovem das correntes mágicas ocidentais: a Magia do Caos. Transcendendo o conceito ortodoxo de "ocultismo", os Caoístas procuram transmutar todos os aspectos de sua existência em atos deliberados de criação, destruição e diversão. Para isto, misturam Magia, Ciência e Arte, evitando sempre cair na armadilha de levar qualquer coisa demasiadamente a sério. Seja bem-vindo às marés do Caos, onde todo homem é Shiva e toda mulher é Kali.


essa sou eu, que ouvi tantas idéias essa semana. de outros pensamentos, de ter uma visão de mundo sendo mudada, de estar perdida. e a internet é um mundo caótico de veiculação de informações e existe tanta coisa que cansa só de pensar.


www.rizoma.net

*em homenagem a Betão e Graize.